quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Pintando a vida...

  

Vejo a vida como uma tela em branco, e um monte de tintas das mais diversas cores.
Pr'a gente pintar, colorir, rabiscar, se lambuzar e errar. Por que a vida é linda demais
pra ser insignificante, e a felicidade só chega para quem se permite viver!

C'est la Vie! =)

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Divã.


Assistindo ao filme Divã, baseado no livro da Martha Medeiros, autora que sou fã declarado me vieram várias inquietações. Não só pelas frases perfeitas e chocantes citadas com esplendor pela atuação magnífica da Lilia Cabral, mas também pela história em si.
Analisando bem todos nós trazemos uma Mercedes dentro de nós, e vivemos constantemente num divã. Sempre nos questionando e refletindo sobre coisas banais. Um amor mais jovem quem nunca viveu? Tudo bem, vamos ser mais honestos conosco mesmos, dois. Ou três? Quatro, talvez... O amor não tem idade, não espera nem avisa quando vai acontecer, é como uma torneira aberta, onde é inevitável que a água escorra, e assim como o amor não adianta tentar prender entre os dedos que ele escorre. O amor nasceu pra ser livre!
Casamento? Lógico que pode ter fim! Acredito que tudo nessa vida tem um desfecho. Início, meio e fim! E porque não um sexo antes do fim? Uma despedida, uma celebração do fim. Podem me chamar de despudorado, de pervertido mas acho válido, da exata maneira como disse a personagem principal do filme: "Sexo com amor é bom, mas sem amor é bom demais!".
E quando a gente arruma um amor novo? Quem nunca se arrumou mais, cortou o cabelo, comprou roupa nova depois de encontrar um novo amor? Amor daqueles que nos fazem aprontar das mais diversas loucuras possíveis e imagináveis. O amor tem dessas coisas, nos coloca em cada uma... Nos faz pagar literalmente nossa língua quando fazemos coisas que há tempos atrás dissemos que jamais faríamos ou julgamos aquele que fez.
O medo de ser feliz então nem comento. Talvez sejamos vítimas constantes do juiz que cada um carregamos dentro de nós mesmos. 
E uma amizade antiga e duradoura? Daquelas que nos fazem dar boas gargalhadas e nos fazem chorar de desespero quando nos imaginamos sem nossos companheiros de aventuras, que estiveram do nosso lado em 99% das besteiras que fizemos e ouviram 99,95% das nossas tristezas e inquietações. A amizade também é um grande amor, que nunca morre!


terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Crazy.

"Eu nunca fui uma moço bem-comportado. Pudera, nunca tive vocação pra alegria tímida, pra paixão sem orgasmos múltiplos ou pro amor mal resolvido sem soluços. Eu quero da vida o que ela tem de cru e de belo. (...) Sou dramático, intenso, transitório e tenho uma alegria em mim que quase me deixa exausto. Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo. Eu sei chorar todo encolhido abraçando as pernas. Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma, vísceras, tripas e falta de ar.... Eu acredito é em suspiros, mãos massageando o peito ofegante de saudades intermináveis, em alegrias explosivas, em olhares faiscantes, em sorrisos com os olhos, em abraços que trazem pra vida da gente. Acredito em coisas sinceramente compartilhadas. Em gente que fala tocando no outro, de alguma forma, no toque mesmo, na voz, ou no conteúdo. Eu acredito em profundidades. E tenho medo de altura, mas não evito meus abismos. São eles que me dão a dimensão do que sou." (M. de Queiroz)



       ~ Da saudosa Marla de Queiroz, roubei e adaptei porque quando li achei que fosse a mim que ela descrevesse. Risos.

domingo, 2 de janeiro de 2011

1/01/11


Ano novo, vida nova!

Cresci ouvindo isso a cada virada de ano, mesmo quando eu não fazia menor idéia do que se tratava. Quando tinha cerca de 5 anos, ia pra casa da minha avó encontrar com meus primos e tios a noite, podíamos ficar brincando até tarde sem ninguém se incomodar e por algum motivo desconhecido por mim naquele momento  começavam a estourar fogos e todos se abraçavam euforicamente, minhas tias começavam a engolir sementes de romã e a fazer a simpatia do momento, e logo após todos corríamos pra mesa para nos debruçar nas delícias de fim de ano, e eu meio que ficava perdido sem entender nada.
Na verdade acho que nenhuma criança nos seus cinco anos de idade entende muito bem o que é o reveillón, pode até ter uma certa noção do natal devido ao jogo de marketing que a mídia faz sobre o "Papai Noel".

Sempre achei linda a forma como de repente o céu se tomava de tantas faíscas coloridas caindo para os lados, o estouro da champagne me dava a noção de que algo bom acontecia.

Acho engraçado como um simples mover do ponteiro do relógio nos enche de esperança, alegria e nos motiva a planejar tantas coisas. Sempre começamos o novo ano nostálgicos, traçando metas e objetivos: perder peso, ir mais vezes a academia, ser menos isso ou mais aquilo e em meio a tantas coisas nos esquecemos de agradecer a Deus pelo ano que se foi e pela dádiva de ter um novo pela frente. Adoro esse lance de "começar de novo" que me vem a cada 1º de janeiro, esse quê de fazer tudo diferente, de ter encerrado um ciclo e começado outro.

Um ano para mim é um ciclo, que se encerra e tudo que foi vivenciado fica por lá. As tristezas, os amores mal resolvidos, tudo vira passado e fica no ano velho. As alegrias e aprendizado os carrego comigo no peito.

Medo eu sinto, mas não desanimo. Sigo em frente na certeza que se cair eu me levanto, faço a linha Beth Carvalho levantando, sacudindo a poeira e dando a volta por cima! :)

Apenas mais uma de amor.


Gato escaldado tem medo de água fria, chavão tão bem aplicado que nos cai como uma luva quando o tema é amor e relacionamentos. 
Todo mundo tem um pé atrás em se apaixonar e envolver. São medos de sofrer novamente, de chorar por alguém, de ouvir uma música e lembrar da pessoa amada e até mesmo das preocupações que sempre nos acompanham nessas verdadeiras aventuras do coração. Ligo ou não ligo? Será que estou ficando na cola demais? Será que estou sendo negligente demais? Deveria ter deixado de dormir mais um pouco e ir a praia como ele (a) desejava? Deveria ter sido menos antipático (a) com aquele amigo (a) que ele (a) tanto gosta e eu não suporto nem ouvir falar?
São esses também alguns dos questionamentos que sempre nos levantamos durante os relacionamentos. Não existe um só ser humano que nunca tenha se feito uma dessas perguntas, se há é porque nunca se apaixonou e envolveu com alguém. Mas o motivo dessa crônica aqui não é o durante o relacionamento, e sim o momento que sucede um relacionamento e antecede outro. Essa lacuna que nos cabe preencher com baladas, festas, programas em amigos, trabalho, estudos, tudo para ocupar a mente e exorcizar o fantasma do relacionamento anterior que, por mais que tenha terminado de forma amigável é impossível que se consiga se desprender de tudo que foi vivenciado levando a mesma vida que se levava durante a relação. Nada nem ninguém nessa vida são insubstituíveis, basta que se mude a rotina, ocupe a mente com algo novo e quando você menos espera você já esqueceu o dito cujo que te fez amargar algumas noites antes de dormir e foi responsável por alguns dos últimos porres que você tomou.
Quebrou tanto a cara nos últimos realcionamentos que desacreditou no amor. Passou a acreditar e viver a rotina de acordar cedo, trabalhar, ir a academia, ao supermercado, chegar em casa cheio de pacotes, tomar um banho e ficar em frente a TV assistindo o último capítulo da novela das 21 hs enquanto disfarça a solidão nas redes de relacionamento interagindo com amigos na mesma situação, e quisá com desconhecidos do outro lado do planeta que viram melhores amigos e confidentes que aquele velho amigo que você conhece desde que começaram a nascer os primeiros pêlos pubianos. 
Ai nasce e cresce a questão: Você realmente quer isso pra você? Você realmente virou essa pessoa fria que se acostumou e condenou a viver só? Ou seria apenas um personagem que você decidiu interpretar fugindo dos possíveis amores que te cercam?
Você é inteligente, lê livros, assiste telejornais, tem sempre algo a dizer sobre algum assunto, adora cinema, ama música, gosta de balada, é simpático, não fica no pé de ninguém . E por que diabos insiste em fazer a linha coração de gelo e solteiro convicto? Você tem qualidades e defeitos apaixonantes, apenas desacreditou neles.
Até que ponto é válido fugir de viver um amor? De sorrir, chorar e viver tudo que já foi citado ácima. É o amor que gira a roda da vida, sem amor a vida não anda. Pode até andar um pouco, devido ao impulso da última girada brusca do último "Bad Romance", mas uma hora pára. A vida foi feita pra ser vivida, amada, desejada, C'est La Vie! ;)

sábado, 1 de janeiro de 2011

Tomates verdes fritos

Sou o cara que se emocionou assistindo "Tomates Verdes Fritos" logo após fracassar mais uma vez num relacionamento, e depois me embreaguei tomando Marula ao som de Maria Bethânia gritando internamente "Towanda" pra afogar as mágoas.
Talvez seja eu um dos poucos que ainda ri e chora lendo, que se emociona junto com o autor. Encontrei nas palavras meu melhor refúgio, meu passatempo e conforto.
Comecei a escrever muito cedo, aos 13 anos, escrevia músicas que graças a Deus nunca saíram do papel, quando dei por mim tava aqui.
Nesse meio tempo escrevi muita coisa bacana, em papéis soltos. Muitos se perderam, foram ao lixo creio eu que não por acaso, tinha que ser assim. Neste tipo de situação prefiro acreditar que o mundo não estava preparado para entender o que eu havia escrito. Outros ainda os tenho, numa agenda de papel reciclado e de lá não saíram por falta de coragem.
Pasmem! Eu também sou inseguro e as vezes me faltam coragem para fazer tantas coisas.
Coragem, sentimento que se confunde nos dias de hoje. Tá tudo tão banalizado, as pessoas fazem cada vez mais coisas que antes seriam tidas como absurdas e sentem um medo, uma dificuldade imensa de verbalizar o que sentem ou desejam. Talvez para muitos eu seja corajoso e louco. Por sentir, verbalizar e ainda expor a grande maioria aqui!
Vai entender... Existem mais complexidades entre a razão, emoção e o homem que minha vã filosofia possa compreender.

Pequenas Caixas.

Em pleno feriado, preocupado com tantos trabalhos científicos a serem feitos pra faculdade minha irmã me questiona: "Victor, onde está aquela caixa onde ficam nossas fotos?". De repente lá vou eu mergulhar no meu guarda-roupas e me deparo com ela lá no cantinho, empoeirada, meio que desprezada como se nada ali tivesse. E de repente começam a olhar as fotos minha irmã e meus pais e reviver as cenas alí eternizadas. E me caiu a ficha: Meu passado cabe dentro de uma caixa de sapatos!
Me soou meio que estranho, confuso. Comparei a importância que as pessoas dão ao passado, o engrandessem de tal maneira  que muitas vezes assusta e de repente me deparo com o meu tão muidinho a ponto de caber numa caixa de sapatos. 
 Dai me lembro de um textinho da Martha Medeiros, no seu livro "Doidas e Santas" onde ela diz: "Pratique o desapego"! Isso, se desprenda de tudo que lhe escraviza, o que passou calou e o que virá dirá! Aliás, discordo com essa citação, acredito que o que passou de fato calou, mas o hoje é o que dirá, o futuro não fala, ele apenas acontece e é apenas uma consequência do hoje, do agora. 
Sempre me preocupei (e preocupo) muito com meu futuro. Hoje aos 21 anos talvez por conta disso carregue nas costas e leve uma vida com responsabilidades de quem tem seus 30 anos. Talvez a vida me tenha feito amadurecer mais rápido profissionalmente. Ás vezes me pego pensando: "Se eu chego aos 30 anos sem ter construído nada enlouqueço!". É, não me imagino aos 30 anos ainda depender dos meus pais, nunca curti na verdade. Sempre fui de trabalhar, correr atrás do meu. Comecei a trabalhar aos 18 anos, embora meu primeiro emprego de fato tenha conseguido aos 16. Conheci muita gente na primeira empresa que trabalhei, vivenciei nela grande maioria dos sentimentos que se pode sentir na vida profissional, de felicidades a tristezas. Sorri muito, chorei pouco, sempre fui mais racional nesse campo não sei se pelo fato de estudar Administração Geral e ter uma visão mais critica e analítica de certas situações, ou se porque sou um velho de 21 anos. 
Ganhei dinheiro, fui o 1º lugar de uma operação com mais de 400 operadores. Experimentei o gostinho doce da vitória e o amargo da inveja. Ganhei mais dinheiro e o gastei numa velocidade imensa. É, sou consumista e não faço a menor cerimônia para satisfazer um desejo meu, afinal eu trabalho e sei o quanto custa cada objeto que compro. Hoje eu entendo o que minha mãe me dizia quando eu era criança: "Um dia você vai aprender a dar valor a dinheiro". Coisas que antes eu achava super barato, hoje acho super caro (risos). Hoje sei o quanto custa de fato uma passagem a mais, o quanto vale a despesa com uma câmera digital que foi roubada, e tantas outras coisas que, no tempo que tá lá naquela caixinha de sapatos eu não fazia nem idéia. 

É, o tempo passou e tá ali dentro de uma caixa de sapatos. Hoje tô aqui, quabrando a cabeça em meio a um Plano de Negócios, Plano de Marketing, amanhã não sei. Apenas tenho a certeza que isso aqui, o que vivi vai parar talvez numa caixa de sapatos!

Sobre padrões...

Definitivamente sou contra qualquer tipo de padrão de beleza imposto pela sociedade. Todo mundo tem o direito se ser amar e ser feliz assim como é. Seja lá gordo, magro, alto, baixo, negro, branco, amarelo, mulato, careca, cabeludo, enfim. Somos todos iguais!

Pra mim paquerar é igual comprar perfume: não adianta o frasco ser lindo e o cheiro não ser bom. A fragrância me atrai mais que qualquer outra coisa. Se for boa, compro. Se não, jogo de volta na prateleira até quem queira que compre.

Desassossegos corriqueiros...

"Talvez morra sem conseguir de compreendido por completo.
E o que me importa? Detesto unanimidade!
A divisão, a inquietação me excitam, vivificam." 

(Victor Andrade, em 20/10/2010).

Sobre [DES] amores

São engraçados esses lances de paixão, carinho, amor, e tudo o que trazem.
Mais curioso é como o mundo dá voltas e a pessoa que um dia partiu teu coração de repente volta com conversas difíceis de engolir.
"Nossa, quanto tempo", ou "Sempre vejo você On no Messenger, mas você nunca fala..." são os típicos inícios de conversas com ex's que insistem em aparecer do nada quando tudo está bem.
O ápice é que justo aquele (a) que te deixou alegando que jamais se veria casado (a) agora te procura com um papinho que precisa de um amor e que hoje sonha em casar. Oh, céus. Quantas contradições juntas...


Existe também outro "assuntinho" que é típico desses encostos que nos rondam de vez em quando: "Nossa, fulano (a) te viu na balada várias vezes, você tá que tá ein?". Engraçado que quando a pessoa tinha que se preocupar pra onde você ia ou deixava de ir não exercia seu papel e te deixava solto, e livre para pensar e fazer o que quisesse quando o que você mais desejava era ser cobrado, se sentir amado e ver o outro (a) sentindo ciúmes de você.

Ou, na pior (ou seria melhor? Não sei...) Você esbarra com a entidade na balada e a mesma fica tentando controlar a quantidade de álcool que você ingere, pra quem você olha, como/com que você dança ou até mesmo a hora que você vai chegar em casa e a forma como você fez para chegar (como se a essas alturas do campeonato os meios fossem justificar os fins...) Quanta indecisão (ou inversão de papéis juntos, ein? Não sei se a conotação certa seria inversão de papéis ou algo como "perdido no tempo", ou "inversão de tempo". É algo curioso, que ainda merece reflexões minhas quando viajo de ônibus ouvindo minhas musiquinhas velhas e melancólicas (risos).

E muitas vezes fica a deixa de que você foi colocado numa prateleira como um brinquedinho que sempre que se quer pode brincar.
Gente, banalizaram o amor, os sentimentos alheios, que mundo é esse?

Nos arrancam o coração, colocam-no em um vidro com éter e jogam numa prateleira para brincar sempre que enjoa do brinquedinho atual e se quer voltar ás raízes e acham que devemos achar tudo isso perfeitamente normal, que somos rancorosos quando fechamos a cara, e não nos damos ao trabalho de responder perguntas, ou repondemos monossilábicamente com simples "sim" e "não" ou os típicos "ahãms".

Adoro mais ainda quando estamos fazendo coisas comuns do dia-dia como ir ao mercado, pagar contas, passear no shopping e esbarramos com aquele caso mal resolvido e surge aquela velha expressão: "Nossa, porque você não me ligou mais?" ou então encerra-se com "Foi muito bom te ver, tava morrendo de saudades, vou te ligar hoje pra'gente conversar e marcar um barzinho" e você já cansado desse papinho se limita com num "Ok".

Ninguém é obrigado a amar o resto da vida, mas pra que inventar falsas histórias, qual a dificuldade em assumir os sentimentos, em dizer que não tava afim de nada sério na época, só queria curtir e que hoje, após levar uma bela surra da vida viu o que perdeu e tá querendo correr atrás do tempo perdido? Isso, claro que em 55% dos casos. 
Nos outros 45% me limito a perguntar "Pra que fingir um sentimento (saudade) e prometer algo que não vai cumprir (ligar)?

Corações não são brinquedos, não são feitos de papel tampouco de lã que se pode costurar após rasgar, é como vidro que por mais que você cole os cacos as marcas ficarão e sempre que se olhar perceberá que alí algo foi feito, e marcou. E... só!

Válvula de escape.

Nunca tive vocação pra fazer o coitadinho, o sofredor.
Já fui o renegado, o humilhado, o expulso
Mas nunca fiquei muito atrás no que se refere em ser irônico, sarcástico
Já perdi (e perco) excelentes oportunidades de ficar calado, sempre deixo meu ego de leonino falar mais alto (bem mais alto, diga-se de passagem).
Minha razão já perdi inúmeras vezes, por conta do meu impulsivismo.
Terceirizei muitas vezes meus sonhos para pessoas das quais nunca tive a certeza de que eram capazes ou não de realiza-los e dispenso comentários em relação ao resultado de tudo.
Nunca fiz da bebida, nem de nenhum tipo de drogas meu refúgio. Graças a Deus sempre soube sofrer minhas mágoas e tristezas com boa música e sendo consolado pelo meu travesseiro.
Chorar demais para que? Alguns baldes de lágrimas são suficientes para desafogar meu coração e logo após ele já tava pronto pra outra.
Blindar o coração nem comento, acho decadente pessoas que não se permitem sorrir e chorar sempre que desejam, a emoção da vida fica exatamente aí, em vivenciar cada momento, segundo por segundo intensamente. Talvez nisso meu ascendente em escorpião domine, vai saber...
Acho engraçado sempre nós termos a solução exata e precisa para os problemas alheios e quase nunca a respostas de simples questionamentos nossos, como se ficássemos cegos ao ponto de não enxergar um palmo a nossa frente, e quando passa tudo pensamos: "Caramba, era isso!".
Queria que as feridas do coração pudessem ser sanadas tão rápido como as da pele, mas não rola, elas insistem em não cicatrizar e sangrar sempre. E quando sangra? Nossa, quanta dor! Me pergunto se dóem mais no momento em que são feitas as feridas ou se após, quando o sangue esfria e pára de jorrar pela ferida.
Algumas mesmo quando cicatrizam deixam suas cicatrizes, ficando exposto que alí algo já aconteceu, como um copo quebrado e colado.
Difícil entender e explicar as coisas vindas do coração. Não existe nenhuma ordem exata. Começo, meio e fim se confundem na história. Vivenciar traz um entendimento melhor que qualquer longa explicação...

Sobre dor, sofrimento.

Engraçado essas coisas de sofrimento e dor.
Sim, também vejo um lado cômico até nisso. Não graça de dar risada, mas digamos que meio que irônico pois vejo a tristeza como sendo um sentimento tão egoísta...

A gente quando sofre sempre tende a achar que nossas dores, nossos anseios e aflições são maiores que as do próximo. É incrível como rapidamente vestimos a manta de Maria do Bairro e nos pomos a chorar e sofrer até mais talvez que todas as três Marias da Thalia juntas com as Usurpadoras e mocinhas da Tv mexicanas juntas.

Chega a ser bizarro como a gente consegue terceirizar muitas vezes nossas culpas e assumir exclusivamente o papel de mocinho (que cá entre nós, dá um trabalho... Hajam lágrimas, hajam lenços de papel...) nos esquecemos que por mais que difícil seja nossa situação temos um ou até mais seres humanos envolvidos na situação.


Talvez pense dessa maneira por que sempre por mais que eu sofra, sempre procuro ver o lado positivo da situação e nunca esqueço de me por no lugar do próximo. Tudo bem, até esqueço no momento da raiva e da ira, mas logo após meu coração fala mais alto e lá vou eu vestir os trajes de Boa Samaritana e muitas vezes pedir desculpas mesmo sem ter culpa no cartório. 

Sofrer não é o fim, é o começo de um novo ciclo, basta sabermos lidar com a situação e enxergar que pra tudo sempre tem um recomeço pois não há tormenta que dura para sempre, quando menos pensamos sai o sol! 

22.08.1989

E sempre a chegada de mais um aniversário me trazem tantas reflexões...
O tudo que já vivi e fiz, as mudanças repentinas que a vida nos traz e as constantes sensações de saudade regadas hora por risadas, hora por algumas lágrimas.
Em outros momentos o olhar volta-se para frente, a imaginar os momentos futuros.
Casado?
Com filhos?
Solteirão?
Sem filhos?
E como é engraçado se ver em cada uma dessas situações...
Caiu a ficha para mim: o tempo não pára, não perdoa!
Semana passada eu era uma criança, que acordava as 06:30 hs pra ir a escola ver a "Tia" ensinar os primeiros passos nesse mundo de meu Deus. Logo após a aula ir pra casa, passar a tarde toda assistindo desenhos e a noite jogar Super Nintendo ou brincar de pique-esconde, bola de gude, rodar pião.. SAUDADES!!!
E anteontem virei pré-adolescente e fui parar no ginásio, a tão sonhada 5ª série, naquele colégio que era a sensação do verão, com a sala lotada de gente eu via as meninas ensaiando e imaginando como seria o primeiro beijo, fazendo testes de revista e os meninos comentando sempre Dragon Ball Z ou a temporada de Digimon do momento. Tempos mais tarde o assunto era que tinham pego A, B e C, quando na verdade mal tinham aprendido o alfabeto ainda.
As primeiras festas, matinês, o primeiro beijo, a descoberta do sabor do sexo, as primeiras paixões, frustrações por amor e as primeiras lágrimas acreditando que não iria suportar a dor do primeiro pé na bunda e amanheceria morto no dia seguinte (vai dizer que você nunca se sentiu assim e que eu sou dramático?).
E o que dizer das birras? Acreditando que o mundo cabia nas nossas mãos e que tinhamos controle de tudo, quando na verdade nunca controlamos absolutamente nada, nem as nossas próprias vidas.
Depois se formar, a despedida dos amigos da escola, os que te acompanharam na imensa maioria de todas as descobertas da adolescência, cada um seguindo seu rumo.
O primeiro amor de verdade, a faculdade, o primeiro emprego, a primeira demissão.
O aprender a viver bem esteja você solteiro ou não, olhar pra trás e sentir saudades de tudo isso e ter que concordar quando seu pai/mãe/irmã (ão) mais velho dizia quando você ainda era criança: "Aproiveite, você está na melhor fase da vida!" sempre que você fazia bico quando ouvia um NÃO e começava a disparar aos quatro cantos que só queria ser adulto.

É meu amigo, meu camarada, VOCÊ CRESCEU!

Ainda sinto a necessitada de escrever meus textinhos numa papel e só depois digitar tudo. É como se a caneta a cada volta levasse um pedacinho e essência do meu coração.

Os humanizam, me excitam!

Philosofando...

Sim, eu leio e reflito sobre mensagens grafitadas nos muros e nas encostas.
Sempre na ida ao trabalho, ou na volta pra casa me deparo com alguma coisa nova e fico martelando na mesma até chegar ao meu destino e ocupar minha mente com outra coisa.
"Bons Sonhos?" com a imagem de uma criança dormindo ao relento me fez pensar nos sonhos que crianças de rua criam, ou até mesmo me questiono se é realmente possível ter sonhos vivendo nas condições em que muitas vivem, sem a menos perspectiva de sucesso ou fracasso, com o futuro jogado a sorte.
Acordar sem ter o que comer, sem saber o que será de si naquele dia que se inicia. Isto é, quando se consegue dormir com o frio imenso que toma conta das ruas a noite sem ter um agasalho ou até mesmo um abraço e um beijo de boa noite. Particularmente essa é a mensagem que mais me cativou até hoje, e olhe que não são poucas as que vejo todos os dias.

 São muitas, como:

"Prefiro a incoerência dos loucos, a coerência dos capitalistas" pixado em frente a um hostpital psiquiátrico ameaçado de fechar as portas pois tiveram a idéia de construir ali um shopping para atender a classe média-alta que reside ali próximo. Absurdo, tratando-se ainda mais da saúde pública que já é uma vergonha com os hospitais que se tem, imaginem sem ele? Absurdo, abuso!

"O que é pior: o grito dos maus ou o silêncio dos bons?" em frente a um muro de uma companhia elétrica me faz pensar no grito absurdo dos políticos que só pensam em vender todas nossas riquezas com a promessa de investimento e construção de bens que auxiliarão a vida dos brasileiros, quando na verdade só querem saber de sugar cada vez mais e nos dar migalhas. E ter que conviver com o silêncio da sociedade que compactua para que tudo isso aconteça fechando os olhos e calando-se diante de tamanho absurdo.

É, tem muita coisa que os artistas de rua me comunicam, me fazem refletir. Os bendigo, os admiro mesmo muitos deles se expressando de forma incoerente e ilegal mas e quem disse que isso é ruim? Salve, salve! :)

Digitais

Um toque, um abraço
Um beijo e nada mais
Da tua forma, do teu jeito me deixando gravadas as tuas digitais
Ficaram na minha pele, nos meus lábios e meus cabelos.

O meu cheiro se misturou ao teu e num prelúdio, após  uma cerimônia formamos um só corpo, uma só voz, uma só luz.

E eu deixei minhas digitais gravadas em ti
O meu olhar, o teu abraço
O teu olhar, o meu abraço
O teu sorriso...

E volto a beijar
E volto a beijar.

Espelhos

Houve épocas em que perdi minha face. Não sei se em algum espelho dos versos de Cecília Meireles, ou pelo simples esquecimento. O tempo se encarregou de esmaecer as cores do meu passado. Preparei-me para o inverno na primavera. Trago alguns arrependimentos, mas não vivo de mágoas.

Joguei sozinho. Sem as regras do jogo factual. Trabalhei pelas trilhas de Recife, encontrei nas ruas a Saudade, a Concórdia, o Livramento. Conversei com o Capibaribe, no Poço e na Aurora. Trabalhei no Cais, onde as ondas ainda quebram nos arrecifes e o céu se avermelha nas tardes, minguando em tons púrpuras.

Encontrei-me na minha carreira e na minha Ciência Feliz. Corri demais e já não tenho pressas. Devagar com o andor, que o Pequeno é de Vencedor. Não ascenderei aos céus (marcou-me Caymmi - "pobre de quem acredita na glória e no dinheiro para ser feliz"...).

Estudei entre mosaicos e colunas de ferro retorcido. Fiz-me processo e nele vou adiante, descobrindo a cada dia novos passos. Aprendi a admirar as vítimas do tempo. Páginas desbotadas. Capas se desfiando em rosários. A poeira traçando novas letras, sobre as letras que se foram.

Ainda estudo todo dia e carrego a cruz de não conhecer tudo do que gosto. Mas os anos têm sido ricos de aprendizado. Ainda restam grilhões e sei que alguns não devem ser quebrados. Hoje contemplo (normalmente) tranquilo as mágoas lavadas no rio ao mar.

Por vezes, nada disso teve sentido, à falta de algo que reunisse em mim o que sou. Veio-me a advertência de Vinícius, “a oeste a morte, contra quem vivo, do sul cativo, o este é meu norte. Outros que contem, passo por passo”. Meu Nordeste. Provinciano. Severino. Busquei partes em tantos outros.

Nas Igrejas da minha vida deixei sempre os mesmos pedidos. Meu Deus sempre me ouviu, embora nem sempre compreenda Seus desígnios. Felizmente, não acredito em uma fé pela metade e me ponho aos seus pés. Franciscano, posto que não tenha os braços cruzados e carregue minhas chagas além do alcance dos olhos. Coincidência ou não, vim parar perto de Nossa Senhora da Conceição, nesta freguesia das Graças, tão perto dos outros Aflitos...

Arruinar-me... Podem, de fato, fazê-lo e, por vezes, com minha paradoxal ajuda. Mas edificarei outras colunas no lugar. Dóricas ou doídas. Salomônicas retorcidas. Projetar-se-ão novamente aos céus, como tributo à vida. "A vida apenas, sem mistificação".

Sinto-me acompanhado na rede da varanda e sozinho em meio às multidões. Descobri a alegria dos pequenos gestos de meus irmãos - e de dialogar, sempre. Sou apenas palavras a oferecer. Mais espírito que carne. Mais desejo que satisfação. Afeto prestes a nascer.

Trago, enfim, nos meus olhos, a minha terra, família e amigos. Uma cor fronteiriça, entre um Soneto do Desmantelo Azul e uma Valsa Verde. Aprisionar nos olhos o azul das coisas gratas ou mesmo o azul de cansaço. Vestir meus gestos insensatos. Transformar a tristeza cinza em valsa verde (intuitivamente ouvir os acordes da minha juventude e sair cantarolando). Este sou eu.

Escrito por Chico Barros, e adaptado por mim em alguns pontos antes de postado aqui.

Olhos







Valente são os olhos
Que sabem o que sentem

Que lutam pelo que acreditam
Sábia é a boca
Que sabe por onde ir
E a hora de voltar
Amável é o braço
Que te salva do abismo
Te mostra o céu
Mas, avisa:
- Seguro mesmo é o chão
Felizes são aqueles
Que mesmo com olho, boca e braço
Não são valentes, sábios e amáveis
Mas reconheceram tudo

Mas reconheceram tudo isto
                                                                         No amor de uma vida inteira!

Confissões

Eu tenho medo do escuro
Sou o cara que ainda nada sabe 
Que tem corpo de adulto e sonha como criança

Tenho alma de poeta, mente em construção
Jeito de moleque, sorriso maroto
Boca que provoca, e ao mesmo tempo dispara insanidades

Choro de saudades
Mas de que vale chorar se não terei quem seque minhas lágrimas?
De que adianta sorrir se não terei quem admire meu sorriso e que esse alguém sorria comigo?

Apenas sinto, na certeza de que nenhum sentimento é banal, desde que seja verdadeiro.

Vivo o presente, esqueço o passado e sonho com o futuro
Mas de que adianta sonhar sem lutar?
Como esquecer se ainda existem feridas que não secaram, não cicatrizaram? 
De que adianta viver acorrentado a erros cometidos no passado?

Salve, salve aos erros do passado!
Um brinde aos erros do passado, pois deles tenho a certeza de um futuro mais justo e limpo.


Escrito em 31/07/2007.

Aprendi

Aprendi que não amo a cor dos olho, e sim o olhar. 
Não amo a brancura dos dentes e sim o sorriso. 
Não amo o contorno dos lábios, amo os beijos. 


Não amo o formato dos braços, amo o abraço. 
Não amo o alongado dos dedos, e sim as carícias que eles fazem. 
Não amo as curvas das pernas, amo o andar. 
Não amo o volume dos seios, amo o aconchego. 


E que bom não seja isto uma escultura, seja apenas um poema à toa. Porque eu não amo um corpo, eu amo uma pessoa!







Roubei porque me identifiquei, de um autor desconhecido porém genial! =)

Bodas de algodão, um desafeto, um pensamento.




E se passam dois anos numa velocidade tão grande, a ponto de dos deixar pasmos.
E o tanto de coisas que acontecem no intervalo é o mais impressionante. O número de vidas que se mudam ou ficam estagnadas no tempo, o que provoca de certa forma um tipo de mudança também.
Sim, uma mudança inversa. A mudança de ver o outro mudar, evoluir e você não mudar. A sensação de permanecer no mesmo status ou de cair posições pode ser comparada a um game, onde você tem cinco vidas e pouco a pouco avança estágio por estágio e no final, quando você finalmente conseguiu chegar a fase final: Pah! Você perdeu e terá que recomeçar do zero como se nada tivesse acontecido.
Quem dera a vida fosse um game, onde pudéssemos recomeçar do zero sempre que cometêssemos um erro e fazer tudo de novo como se nada tivesse acontecido, e o melhor: sem culpa, sem apontamentos ou acusações.
Recomeçar do zero, como se tivesse renascido e assumido uma nova identidade no ponto de vista legal da história ou usurpado o lugar de um novo ser, para os que gostam de uma adrenalina a mais!
Num jogo nós podemos errar e recomeçar do zero, na vida real não. A cada um erro, dependendo da gravidade sim, pode-se recomeçar mas antes se é necessário arcar com as conseqüências das suas ações, aguentar as acusações e apontamentos de terceiros e ir em frente, forte e determinado, tendo também a opção de desistir de tudo, porém não como num game.
Um game você joga de lado e continua a vida caso enjoe , ou procura um novo game.
A vida se jogada fora GAME OVER, não terás uma nova para viver.
A vida é esta, ou vive ou não vive.
Ou erra ou acerta.
Ou chora ou ri.
Quente ou frio, morno jamais ou te vomitam a cara.
Um erro é uma faca de dois gumes. É experiência ou aprendizado para um otimista ou é tristeza e vergonha para o pessimista. Pode ser o fracasso hoje, mas que lhe dará a maturidade para vencer amanhã, mas demora para chegarmos a essa conclusão...
O erro de hoje pode ser o acerto de amanhã se você for em frente e começar algo novo e não perder tempo tentando colar os cacos do que foi quebrado. Por mais que perfeita a colagem ele jamais será igual e sempre que for vista a marca da cola será lembrado o erro que a causou, o que ocasionará discussões e gerará novos erros, podendo um único erro ser o causador de um ciclo vicioso de erros futuros.
Até que consigamos compreender que o erro e a consequência dele é uma providencia divina para os que crêem para que você aprenda algo, cresça a assuma um novo status tanta cabeçada é dada na parede. Tantos murros em pontas de facas que podem ser fatais são disparados...
A vida é apenas uma viagem, uma estadia nesse planeta onde somos constantemente avaliados e julgados.
Viver é curioso, divertido, esplendoroso ainda que num planeta onde se tem cada vez mais gente e menos pessoas.

Escrito em 21/04/2010.

Asas.

Um passarinho preso na gaiola.
Um canto desigual, um olhar vazio e vago para o céu, a liberdade.
Uma prisão que você não pediu nem fez nada para ter como castigo.
Você apenas nasceu! Sim, Deus lhe deu corpo, voz, asas, liberdade mas por ironia do destino talvez não você foi aprisionado.
E hoje envolto em um cárcere seu canto já não é mais  tão belo
 Seu vôo não pode mais ser contemplado
Suas asas se fecharam e seu pouso foi forçado, seus sonhos bruscamente interrompidos e você foi condenado a ficar dentro de uma gaiola.
Parado, intacto, tendo que todos os dias ver o sol e não poder contemplar nem voar para o mais alto dos céus. Sendo obrigado apenas a contemplar enquanto a outros seres de sua mesma espécie vivem tão felizes, voando de galho em galho, disparando seu mais belo canto ao amanhecer enquanto você apenas admira e nem arrisca mais um canto, pois sabe que sua voz já não é mais a mesma, tal como suas asas que se atrofiaram pelo tempo de prisão e talvez jamais sejam capazes de voar novamente.
Tantos passam e contemplam você, seu canto frustrado e a beleza de suas penas, quando na realidade o que você mais queria era ser contemplado em sua liberdade, onde você poderia cantar livremente e voar sempre que algo te ameaçar ou quiser te aprisionar.
Voar para os mais altos céus, sobre as mais altas nuvens, quase tocando o sol.
Voar livre, sem culpas, sem frustrações. Na imensidão do céu, em branca paz.

E amar, amar, amar porque a gente nasceu pra ser feliz!

Sentimentos.

O amor ou um simples gostar
Sentimentos confusos, loucos que misturam uma série de outras emoções
Por amor a gente é capaz de fazer as coisas mais absurdas e atípicas possíveis e imagináveis
A gente mente pra ficar do lado de quem gosta, mata aula, inventa tanta coisa só pra viver um sentimento.

Engraçado é quando vem aquela angústia no peito só de pensar em perder a pessoa querida
Ou quando vem a saudade. É, quando a saudade é muita não cabe no coração e escorre pelos olhos.
O amor é bicho esquisito, bicho do mato perdido na metrópole
O amor vive e nos impulsiona a buscar dias melhores

Aparece quando e onde a gente menos espera
E toma conta d'a gente de forma que tudo que fazemos é pensando em alguém
É um carinho, um bem querer tão singelo e puro que tem horas que emociona, tem horas que dá medo.
É o que sentimos e vivemos, cada um do seu jeitinho, com suas loucuras, desleixos.

É amor, só isso! :)

Sobre escolhas

Nunca tive dom do que refere a fazer boas escolhas. Se tem um clichê que me descreva bem nesse aspecto seria aquele que diz: "O cara certo das escolhas erradas.".
Na verdade não sei se as escolhas foram erradas de fato, varia muito do ponto de vista, se analisado em relação a perdas e ganhos vejo que perdi muito, mas ganhei um pouco também.

Acredito que sempre tive sede de orientação. Sabe quando parece que por mais que você tente explicar ninguém te entende ou ninguém tá afim de te ouvir te deixando muitas vezes a pensar sozinho com teus botões e tomar decisões precipitadas que mais dia, menos dia vão te levar a um abismo onde não vai ter ninguém pra te puxar de volta quando você pedir socorro.
É, nossas escolhas tem um custo para todos nós. Eu particularmente nunca tive problema em aceitar as consequências das minha escolhas erradas, sempre as aceitei numa boa mas na hora de pagar o pato confesso que tremo na base e penso: putz, eu devia ter pensado antes de fazer isso...
E sempre fui levando a vida assim: escolhendo, errando, pagando, me ferrando...Acho que até hoje não fiz uma escolha certa, pelo menos aos meus olhos e se fiz uma certa acho que as erradas tem peso maior, pois delas as consequências foram absurdas!
Hoje me encontro aqui, em frente ao computador atualizando um blog, na dúvida se o que investi nos últimos dias vai me trazer retorno ou se mais uma vez tomei a decisão errada insistindo naquilo que fui sucesso e fracasso, demorei mais de 1 ano pra construir algo que destruí em 1 semana!
É, fugí do contexto de tudo que já postei aqui mas precisava deixar registrado aqui a angústia da minha incerteza, pra que um dia eu leia isso aqui e me lembre de tudo e reflita se fiz certo ou errado. Suporto quase tudo, menos a dúvida, ou é ou não é, meios termos pra que?

A grande lição do grande irmão.

E foi dada a largada, em janeiro de 2010 para a mais louca o turbulenta guerra por dinheiro da TV brasileira: o Big Brother Brasil que comemora sua décima edição trazendo um dos mais diversos times para compor esta verdadeira corrida maluca pelo prêmio de 1,5 milhão de reais. Esta de fato, pode-se considerar uma das edições com maior diversidade entre seus participantas. Ficou bastante evidente que a produção não queria mais apostar naquele velho cast de sarados e saradas que dalí despontavam todos para Playboy's e G Magazine's da vida. Uma lésbica, um gay afeminado, um transformista, um negro, uma dentista, uma professora universitária, uma dançarina de boate, um modelo aparentemente indeciso com sua sexualidade, um lutador machista entre outros fazem parte do time que apimenta cada dia mais as noites brasileiras e nos fazem nos apaixonar por uns e odiar outros. Para muitos estudiosos o BBB trata-se do maior lixo da TV Brasileira. Discordo em número, gênero, grau, em letras garrafais e fluorescentes. O BBB na realidade trata-se nada mais que a realidade do brasileiro. Se alguns pensam que o BBB existe apenas por trás das paredes do projac, este alguém está profundamente enganado. As mesmas atitudes vistas no BBB são as que nos passam na vida profissional, familiar e também nos nossos mais íntimos relacionamentos. Até mesmo os conflitos internos vividos pelos participante, apontados como sendo loucos que surtaram após dias e mais dias de confinamento e pasmem, a bipolaridade mostrada por eles também é a mesma que desempenhamos no nosso dia-dia. 
O BBB trata-se nada mais do retrato do brasileiro, mostra com frieza tudo que o ser humano é capaz por dinheiro: mentir, chorar, representar, julgar! Retrato este que é cópia fiel do mundo das organizações, do nosso ambiente de trabalho. Quem nunca lidou com um colega de trabalho mentiroso que fazia de tudo para lhe derrubar e aparecer a todo custo? Ou melhor, quem nunca teve que representar um papel para conseguir um emprego para ter o que comer e de onde tirar dinheiro para pagar as suas contas mensais? Pasmem, todos nós somos BBB's, vivemos no BBB da vida real, onde só seremos ex-BBB's no dia da nossa morte. Somos constantemente analisados e julgados por nossos gestos e atitudes pelo nosso vizinho, amigo, pai, mãe, chefe e se bobearmos somos postos no paredão e corremos grave risco da eliminação não de um jogo, mas de um grupo extremamente especial para nós. E que eliminação dolorosa. Quem nunca foi posto num paredão num relacionamento onde foi escolhido entre outro e foi trocado, ocasionando sua eliminação?
É, o paredão também existe na vida real, também corremos riscos diariamente de sermos eliminados, julgados, apontados e humilhados. Nós nascemos, estamos aqui pra isto, pra dar a cara a tapa e seguir em frente, sobrevivendo e nos reerguendo eliminação após eliminação, julgamento após julgamento. E talvez seja este o motivo pelo qual em sua décima edição o BBB faça dez vezes mais sucesso que sua primeira edição, em 2002. O público gosta de se sentir Deus, em ter o poder de decidir quem ele quer que continue convivendo, vivendo e se deliciando e de quem ele quer ver pelas costas. O BBB não trata-se de mais um besteirol da televisão brasileira, e sim de um programa de conteúdo adulto que pode ser explorado de forma sábia, perfeito para um estudante de psicologia estudar e tentar entender o labirinto que é o comportamento humano. Excelente para um sociólogo decifrar o que dificulta tanto o mistério da convivência. Formidável para um filósofo para que ele possa viajar e questionar cada frase disparada por cada participante dentro dos dias de confinamento. 
O BBB é um programa que transcede a TV, existe na vida real e nós somos participantes. A casa não tem tanto luxo assim, é nosso planeta terra. Quem nos julga somos nós mesmos. Quem nos elimina ou não, pasmem: também somos nós mesmos! E o vencedor do programa de TV, como já apontado pelo apresentador Pedro Bial é o mais flexível, aquele que mais é capaz de se adaptar as diversas situações que lhe são impostas. E na vida real, seria diferente? Quem vence não é o mais belo, o mais forte, o mais experto, nem o mais inteligente e sim o mais flaxível a tantas mudanças que vivemos, e a partir dai cabe a nós entender e aprender a grande lição do nosso grande irmão.

A grande lição do grande irmão.

E foi dada a largada, em janeiro de 2010 para a mais louca o turbulenta guerra por dinheiro da TV brasileira: o Big Brother Brasil que comemora sua décima edição trazendo um dos mais diversos times para compor esta verdadeira corrida maluca pelo prêmio de 1,5 milhão de reais. Esta de fato, pode-se considerar uma das edições com maior diversidade entre seus participantas. Ficou bastante evidente que a produção não queria mais apostar naquele velho cast de sarados e saradas que dalí despontavam todos para Playboy's e G Magazine's da vida. Uma lésbica, um gay afeminado, um transformista, um negro, uma dentista, uma professora universitária, uma dançarina de boate, um modelo aparentemente indeciso com sua sexualidade, um lutador machista entre outros fazem parte do time que apimenta cada dia mais as noites brasileiras e nos fazem nos apaixonar por uns e odiar outros. Para muitos estudiosos o BBB trata-se do maior lixo da TV Brasileira. Discordo em número, gênero, grau, em letras garrafais e fluorescentes. O BBB na realidade trata-se nada mais que a realidade do brasileiro. Se alguns pensam que o BBB existe apenas por trás das paredes do projac, este alguém está profundamente enganado. As mesmas atitudes vistas no BBB são as que nos passam na vida profissional, familiar e também nos nossos mais íntimos relacionamentos. Até mesmo os conflitos internos vividos pelos participante, apontados como sendo loucos que surtaram após dias e mais dias de confinamento e pasmem, a bipolaridade mostrada por eles também é a mesma que desempenhamos no nosso dia-dia. 
O BBB trata-se nada mais do retrato do brasileiro, mostra com frieza tudo que o ser humano é capaz por dinheiro: mentir, chorar, representar, julgar! Retrato este que é cópia fiel do mundo das organizações, do nosso ambiente de trabalho. Quem nunca lidou com um colega de trabalho mentiroso que fazia de tudo para lhe derrubar e aparecer a todo custo? Ou melhor, quem nunca teve que representar um papel para conseguir um emprego para ter o que comer e de onde tirar dinheiro para pagar as suas contas mensais? Pasmem, todos nós somos BBB's, vivemos no BBB da vida real, onde só seremos ex-BBB's no dia da nossa morte. Somos constantemente analisados e julgados por nossos gestos e atitudes pelo nosso vizinho, amigo, pai, mãe, chefe e se bobearmos somos postos no paredão e corremos grave risco da eliminação não de um jogo, mas de um grupo extremamente especial para nós. E que eliminação dolorosa. Quem nunca foi posto num paredão num relacionamento onde foi escolhido entre outro e foi trocado, ocasionando sua eliminação?
É, o paredão também existe na vida real, também corremos riscos diariamente de sermos eliminados, julgados, apontados e humilhados. Nós nascemos, estamos aqui pra isto, pra dar a cara a tapa e seguir em frente, sobrevivendo e nos reerguendo eliminação após eliminação, julgamento após julgamento. E talvez seja este o motivo pelo qual em sua décima edição o BBB faça dez vezes mais sucesso que sua primeira edição, em 2002. O público gosta de se sentir Deus, em ter o poder de decidir quem ele quer que continue convivendo, vivendo e se deliciando e de quem ele quer ver pelas costas. O BBB não trata-se de mais um besteirol da televisão brasileira, e sim de um programa de conteúdo adulto que pode ser explorado de forma sábia, perfeito para um estudante de psicologia estudar e tentar entender o labirinto que é o comportamento humano. Excelente para um sociólogo decifrar o que dificulta tanto o mistério da convivência. Formidável para um filósofo para que ele possa viajar e questionar cada frase disparada por cada participante dentro dos dias de confinamento. 
O BBB é um programa que transcede a TV, existe na vida real e nós somos participantes. A casa não tem tanto luxo assim, é nosso planeta terra. Quem nos julga somos nós mesmos. Quem nos elimina ou não, pasmem: também somos nós mesmos! E o vencedor do programa de TV, como já apontado pelo apresentador Pedro Bial é o mais flexível, aquele que mais é capaz de se adaptar as diversas situações que lhe são impostas. E na vida real, seria diferente? Quem vence não é o mais belo, o mais forte, o mais experto, nem o mais inteligente e sim o mais flaxível a tantas mudanças que vivemos, e a partir dai cabe a nós entender e aprender a grande lição do nosso grande irmão.

Monólodo do Desassossego

[sossego.jpg]Uma sexta-feira pós-carnaval, um servidor de internet fora do ar devido a uma  tempestade que derrubou postes de energia elétrica no local onde fica o servidor central, silêncios que vez por outra ferem mais que as palavras mais dolorosas disparadas  possíveis e imagináveis. Na TV um filme velho, um noticiário, um seriado.
Num único dia meu coração oscilou entre as mais diversas sensações: da alegria absoluta ao tédio junto a pensamentos suicidas que tem me rondado nos últimos meses. Considero o suicídio como sendo um dos temas mais apetitosos para serem discutidos. Para uns trata-se de covardia, uma falta de peito pra encarar a vida e seus mais diversos altos e baixos [mais baixos que altos], para outros uma coragem de renegar a todos os prazeres que a vida nos proporciona, dentre eles o mais comum, o sexo para se entregar ao silêncio da morte. Eu particularmente não tenho opinião formada a respeito, considero como sendo um caso a ser estudado de acordo com a situação em que esteja incluso o indivíduo em questão. E vou vendo cada dia mais gente só pensando em dinheiro, esquecendo-se de sonhar e de quanto é bom a sensação de se ter um sonho e acreditar que um dia ele vai ser realizar. Claro, desde que você esteja fazendo algo para conquistar o seu ideal. Acho válido toda forma de amor, de prazer, todo sonho e toda frustração, afinal que sou eu pra meter o bedelho no coração alheio se só sabe o peso que tem a cruz o pecador que a carrega...
De cruz eu não vou nem falar ou melhor, contar quantas eu carrego. Explosivo da forma como sou sempre dou tiro nos meus próprios pés e fico depois pensando na bosta que fiz ou disse e logo me arrepende e dois minutos após repensar no arrependimento vejo que ele não é válido. Errei, e daí? Pelo menos fiz o que queria e fui autêntico comigo mesmo e com meu coração afinal emoção nenhuma é banal desde que seja verdadeira. E o que falar da saudade? O sentimento mais fértil e doentio da face da terra na minha concepção e da Shakira, já que essa definição vi em uma das suas inúmeras entrevistas e documentários. O amor é o sentimento mais perigoso que já existiu pra mim. É incrível o que as pessoas são capazes de fazer por esse sentimento. Uns matam, outros se humilham e se contentam com migalhas de restos de sentimentos dos outros. Eu ein, é muita gente perturbada nesse planeta. Ou teria eu enlouquecido e esteja num patamar acima dos demais e por isso tenha essa visão das coisas? Vai me entender (risos). Ah a loucura... ainda me recordo de algumas passagens de um livro que li na minha não tão longínqua adolescência que trazia o seguinte questionamento: “Loucura, doença mental ou desvio social (ou seria comportamental, não lembro)?” e lembro que nisso fiquei noites e noites pensando, refletindo sobre isto e a cada hora concluía uma coisa diferente. Creio eu que ela (a loucura) possa ser vista como doença mental em casos de pessoas birutas (desculpem a expressão) que vivem de surtos em surtos (não me julguem mal, eu também vivo de surtos em surtos, meus pais e amigos que o digam haha). E desvio social poderia ser quando você simplesmente inova e faz algo que as pessoas tanto tem vontade de fazer mas lhe faltam coragem e quando você faz todos pra serem hipócritas e pagarem pau pra sociedade nojentinha que vivemos logo disparam: “Minha nossa, fulaninho é doido, veja só o que eles fez...”. Desde que o filho da mãe tava com vontade de fazer a mesma coisa e não teve coragem de se expor nem se enfrentar as conseqüências do seu ato. Em relação a mim, posso dizer que exerço das duas loucuras, sendo muito mais da que trata-se como sendo desvio social.
Por conta dessa minha insanidade já me ferrei tanto, já dei tanto tiro no meu pé como já citei anteriormente, mas e daí? Sou um ser humano normal como outro qualquer, que acerta e erra infinitamente e só vai parar quando morrer ou se suicidar, nunca se sabe do dia de amanhã. Ah, já sei, você certamente ao ler isso aqui tá achando que eu sou louco. Tudo bem, isso ai eu já assumi que sou mas olha o respeito com o doidinho aqui, eu sou normal e triste de quem duvidar (me imagine com uma faca na mão apontando na sua fuça pra que você diga que sou normal)!
Putz, que merda, o que era pra ser um texto melancólico já tá virando comédia. Basta eu surtar e logo se vê um aqui, outro acolá rindo de mim. Graças a Deus nunca todos, detesto unanimidade nem eu sou qualquer coisa pra cair na boca de todo mundo. Sou um champagne francês caro que só é apreciado por quem tem paladar apurado. E se o seu não é problema seu, vire espírita e torça pra numa próxima encarnação você nascer menos burro e xucro e ter o humor mais refinado! Ah, vai me xingar também? Pode começar, já dizia Cazuza: “me chamam de ladrão, bicha, maconheiro enquanto transformam o país inteiro num puteiro pois assim se ganha mais dinheiro”. Já fui tanta coisa na boca do povo que não me importo mais em colecionar um apelidinho a mais ou a menos. Tudo bem, uns são bem merecidos mas tem outros que puta que pariu, borá ver na criatividade né? Tô cansado de saber que sou calvo e to gordinho mas e quem disse que me importo? Todo avião tem pneu, tudo que é bom no mercado amplia pra melhor servir e esmagar a concorrência e eu como aplicado estudante de administração estou seguindo a risca a matéria. Tá bom seu estraga prazeres você tá ai se contorcendo rindo de mim achando que me pegou porque esqueci de justificar a careca, pois tudo bem pode segurar seu pescoço porque lá vai a cortada: a careca eu planejei juntamente com meus pais numa sessão espírita quando meu espírito classudo e elitizado decidiu reencarnar num suburbano que teria que dar a volta por cima na vida e ganhar rios de dinheiro e em seguida dar banana por que duvidaram de mim. A careca foi vista como sendo essencial para uma retenção de despesas. Porra antigamente todo mundo lavava o cabelo com Juvena, hoje em dia é um tal de “Shampoo sem sal” e eu nunca vi cabelo hipertenso, eu ein!
Acabar tem quem ainda abra a boca pra me chamar de louco. Louco uma cebola, eu sou um filósofo num momento de crise, questionador (emo é a mãe)! Agora fique ai chupando dedo, me chamando de debochado, eu sou mesmo e não nego enquanto eu fico aqui, maquinando o qual será meu próximo monólogo pra fazer uns rirem, outros chorarem de arrependimento por terem perdido o tempo lendo isso aqui e pra fidelizar meu fãs já conquistados. Prometo lembrar de todos quando receber o melhores do ano no Faustão mandando um beijo e atolando um pão na boca do Fausto pra me deixar falar e também direi que amo todos do meu twitter, MSN e Orkut afinal tá na moda artista dizer que tem vida virtual né?

Escrito em 19/02/2010.