quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Pintando a vida...

  

Vejo a vida como uma tela em branco, e um monte de tintas das mais diversas cores.
Pr'a gente pintar, colorir, rabiscar, se lambuzar e errar. Por que a vida é linda demais
pra ser insignificante, e a felicidade só chega para quem se permite viver!

C'est la Vie! =)

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Divã.


Assistindo ao filme Divã, baseado no livro da Martha Medeiros, autora que sou fã declarado me vieram várias inquietações. Não só pelas frases perfeitas e chocantes citadas com esplendor pela atuação magnífica da Lilia Cabral, mas também pela história em si.
Analisando bem todos nós trazemos uma Mercedes dentro de nós, e vivemos constantemente num divã. Sempre nos questionando e refletindo sobre coisas banais. Um amor mais jovem quem nunca viveu? Tudo bem, vamos ser mais honestos conosco mesmos, dois. Ou três? Quatro, talvez... O amor não tem idade, não espera nem avisa quando vai acontecer, é como uma torneira aberta, onde é inevitável que a água escorra, e assim como o amor não adianta tentar prender entre os dedos que ele escorre. O amor nasceu pra ser livre!
Casamento? Lógico que pode ter fim! Acredito que tudo nessa vida tem um desfecho. Início, meio e fim! E porque não um sexo antes do fim? Uma despedida, uma celebração do fim. Podem me chamar de despudorado, de pervertido mas acho válido, da exata maneira como disse a personagem principal do filme: "Sexo com amor é bom, mas sem amor é bom demais!".
E quando a gente arruma um amor novo? Quem nunca se arrumou mais, cortou o cabelo, comprou roupa nova depois de encontrar um novo amor? Amor daqueles que nos fazem aprontar das mais diversas loucuras possíveis e imagináveis. O amor tem dessas coisas, nos coloca em cada uma... Nos faz pagar literalmente nossa língua quando fazemos coisas que há tempos atrás dissemos que jamais faríamos ou julgamos aquele que fez.
O medo de ser feliz então nem comento. Talvez sejamos vítimas constantes do juiz que cada um carregamos dentro de nós mesmos. 
E uma amizade antiga e duradoura? Daquelas que nos fazem dar boas gargalhadas e nos fazem chorar de desespero quando nos imaginamos sem nossos companheiros de aventuras, que estiveram do nosso lado em 99% das besteiras que fizemos e ouviram 99,95% das nossas tristezas e inquietações. A amizade também é um grande amor, que nunca morre!


terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Crazy.

"Eu nunca fui uma moço bem-comportado. Pudera, nunca tive vocação pra alegria tímida, pra paixão sem orgasmos múltiplos ou pro amor mal resolvido sem soluços. Eu quero da vida o que ela tem de cru e de belo. (...) Sou dramático, intenso, transitório e tenho uma alegria em mim que quase me deixa exausto. Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo. Eu sei chorar todo encolhido abraçando as pernas. Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma, vísceras, tripas e falta de ar.... Eu acredito é em suspiros, mãos massageando o peito ofegante de saudades intermináveis, em alegrias explosivas, em olhares faiscantes, em sorrisos com os olhos, em abraços que trazem pra vida da gente. Acredito em coisas sinceramente compartilhadas. Em gente que fala tocando no outro, de alguma forma, no toque mesmo, na voz, ou no conteúdo. Eu acredito em profundidades. E tenho medo de altura, mas não evito meus abismos. São eles que me dão a dimensão do que sou." (M. de Queiroz)



       ~ Da saudosa Marla de Queiroz, roubei e adaptei porque quando li achei que fosse a mim que ela descrevesse. Risos.

domingo, 2 de janeiro de 2011

1/01/11


Ano novo, vida nova!

Cresci ouvindo isso a cada virada de ano, mesmo quando eu não fazia menor idéia do que se tratava. Quando tinha cerca de 5 anos, ia pra casa da minha avó encontrar com meus primos e tios a noite, podíamos ficar brincando até tarde sem ninguém se incomodar e por algum motivo desconhecido por mim naquele momento  começavam a estourar fogos e todos se abraçavam euforicamente, minhas tias começavam a engolir sementes de romã e a fazer a simpatia do momento, e logo após todos corríamos pra mesa para nos debruçar nas delícias de fim de ano, e eu meio que ficava perdido sem entender nada.
Na verdade acho que nenhuma criança nos seus cinco anos de idade entende muito bem o que é o reveillón, pode até ter uma certa noção do natal devido ao jogo de marketing que a mídia faz sobre o "Papai Noel".

Sempre achei linda a forma como de repente o céu se tomava de tantas faíscas coloridas caindo para os lados, o estouro da champagne me dava a noção de que algo bom acontecia.

Acho engraçado como um simples mover do ponteiro do relógio nos enche de esperança, alegria e nos motiva a planejar tantas coisas. Sempre começamos o novo ano nostálgicos, traçando metas e objetivos: perder peso, ir mais vezes a academia, ser menos isso ou mais aquilo e em meio a tantas coisas nos esquecemos de agradecer a Deus pelo ano que se foi e pela dádiva de ter um novo pela frente. Adoro esse lance de "começar de novo" que me vem a cada 1º de janeiro, esse quê de fazer tudo diferente, de ter encerrado um ciclo e começado outro.

Um ano para mim é um ciclo, que se encerra e tudo que foi vivenciado fica por lá. As tristezas, os amores mal resolvidos, tudo vira passado e fica no ano velho. As alegrias e aprendizado os carrego comigo no peito.

Medo eu sinto, mas não desanimo. Sigo em frente na certeza que se cair eu me levanto, faço a linha Beth Carvalho levantando, sacudindo a poeira e dando a volta por cima! :)

Apenas mais uma de amor.


Gato escaldado tem medo de água fria, chavão tão bem aplicado que nos cai como uma luva quando o tema é amor e relacionamentos. 
Todo mundo tem um pé atrás em se apaixonar e envolver. São medos de sofrer novamente, de chorar por alguém, de ouvir uma música e lembrar da pessoa amada e até mesmo das preocupações que sempre nos acompanham nessas verdadeiras aventuras do coração. Ligo ou não ligo? Será que estou ficando na cola demais? Será que estou sendo negligente demais? Deveria ter deixado de dormir mais um pouco e ir a praia como ele (a) desejava? Deveria ter sido menos antipático (a) com aquele amigo (a) que ele (a) tanto gosta e eu não suporto nem ouvir falar?
São esses também alguns dos questionamentos que sempre nos levantamos durante os relacionamentos. Não existe um só ser humano que nunca tenha se feito uma dessas perguntas, se há é porque nunca se apaixonou e envolveu com alguém. Mas o motivo dessa crônica aqui não é o durante o relacionamento, e sim o momento que sucede um relacionamento e antecede outro. Essa lacuna que nos cabe preencher com baladas, festas, programas em amigos, trabalho, estudos, tudo para ocupar a mente e exorcizar o fantasma do relacionamento anterior que, por mais que tenha terminado de forma amigável é impossível que se consiga se desprender de tudo que foi vivenciado levando a mesma vida que se levava durante a relação. Nada nem ninguém nessa vida são insubstituíveis, basta que se mude a rotina, ocupe a mente com algo novo e quando você menos espera você já esqueceu o dito cujo que te fez amargar algumas noites antes de dormir e foi responsável por alguns dos últimos porres que você tomou.
Quebrou tanto a cara nos últimos realcionamentos que desacreditou no amor. Passou a acreditar e viver a rotina de acordar cedo, trabalhar, ir a academia, ao supermercado, chegar em casa cheio de pacotes, tomar um banho e ficar em frente a TV assistindo o último capítulo da novela das 21 hs enquanto disfarça a solidão nas redes de relacionamento interagindo com amigos na mesma situação, e quisá com desconhecidos do outro lado do planeta que viram melhores amigos e confidentes que aquele velho amigo que você conhece desde que começaram a nascer os primeiros pêlos pubianos. 
Ai nasce e cresce a questão: Você realmente quer isso pra você? Você realmente virou essa pessoa fria que se acostumou e condenou a viver só? Ou seria apenas um personagem que você decidiu interpretar fugindo dos possíveis amores que te cercam?
Você é inteligente, lê livros, assiste telejornais, tem sempre algo a dizer sobre algum assunto, adora cinema, ama música, gosta de balada, é simpático, não fica no pé de ninguém . E por que diabos insiste em fazer a linha coração de gelo e solteiro convicto? Você tem qualidades e defeitos apaixonantes, apenas desacreditou neles.
Até que ponto é válido fugir de viver um amor? De sorrir, chorar e viver tudo que já foi citado ácima. É o amor que gira a roda da vida, sem amor a vida não anda. Pode até andar um pouco, devido ao impulso da última girada brusca do último "Bad Romance", mas uma hora pára. A vida foi feita pra ser vivida, amada, desejada, C'est La Vie! ;)

sábado, 1 de janeiro de 2011

Tomates verdes fritos

Sou o cara que se emocionou assistindo "Tomates Verdes Fritos" logo após fracassar mais uma vez num relacionamento, e depois me embreaguei tomando Marula ao som de Maria Bethânia gritando internamente "Towanda" pra afogar as mágoas.
Talvez seja eu um dos poucos que ainda ri e chora lendo, que se emociona junto com o autor. Encontrei nas palavras meu melhor refúgio, meu passatempo e conforto.
Comecei a escrever muito cedo, aos 13 anos, escrevia músicas que graças a Deus nunca saíram do papel, quando dei por mim tava aqui.
Nesse meio tempo escrevi muita coisa bacana, em papéis soltos. Muitos se perderam, foram ao lixo creio eu que não por acaso, tinha que ser assim. Neste tipo de situação prefiro acreditar que o mundo não estava preparado para entender o que eu havia escrito. Outros ainda os tenho, numa agenda de papel reciclado e de lá não saíram por falta de coragem.
Pasmem! Eu também sou inseguro e as vezes me faltam coragem para fazer tantas coisas.
Coragem, sentimento que se confunde nos dias de hoje. Tá tudo tão banalizado, as pessoas fazem cada vez mais coisas que antes seriam tidas como absurdas e sentem um medo, uma dificuldade imensa de verbalizar o que sentem ou desejam. Talvez para muitos eu seja corajoso e louco. Por sentir, verbalizar e ainda expor a grande maioria aqui!
Vai entender... Existem mais complexidades entre a razão, emoção e o homem que minha vã filosofia possa compreender.

Pequenas Caixas.

Em pleno feriado, preocupado com tantos trabalhos científicos a serem feitos pra faculdade minha irmã me questiona: "Victor, onde está aquela caixa onde ficam nossas fotos?". De repente lá vou eu mergulhar no meu guarda-roupas e me deparo com ela lá no cantinho, empoeirada, meio que desprezada como se nada ali tivesse. E de repente começam a olhar as fotos minha irmã e meus pais e reviver as cenas alí eternizadas. E me caiu a ficha: Meu passado cabe dentro de uma caixa de sapatos!
Me soou meio que estranho, confuso. Comparei a importância que as pessoas dão ao passado, o engrandessem de tal maneira  que muitas vezes assusta e de repente me deparo com o meu tão muidinho a ponto de caber numa caixa de sapatos. 
 Dai me lembro de um textinho da Martha Medeiros, no seu livro "Doidas e Santas" onde ela diz: "Pratique o desapego"! Isso, se desprenda de tudo que lhe escraviza, o que passou calou e o que virá dirá! Aliás, discordo com essa citação, acredito que o que passou de fato calou, mas o hoje é o que dirá, o futuro não fala, ele apenas acontece e é apenas uma consequência do hoje, do agora. 
Sempre me preocupei (e preocupo) muito com meu futuro. Hoje aos 21 anos talvez por conta disso carregue nas costas e leve uma vida com responsabilidades de quem tem seus 30 anos. Talvez a vida me tenha feito amadurecer mais rápido profissionalmente. Ás vezes me pego pensando: "Se eu chego aos 30 anos sem ter construído nada enlouqueço!". É, não me imagino aos 30 anos ainda depender dos meus pais, nunca curti na verdade. Sempre fui de trabalhar, correr atrás do meu. Comecei a trabalhar aos 18 anos, embora meu primeiro emprego de fato tenha conseguido aos 16. Conheci muita gente na primeira empresa que trabalhei, vivenciei nela grande maioria dos sentimentos que se pode sentir na vida profissional, de felicidades a tristezas. Sorri muito, chorei pouco, sempre fui mais racional nesse campo não sei se pelo fato de estudar Administração Geral e ter uma visão mais critica e analítica de certas situações, ou se porque sou um velho de 21 anos. 
Ganhei dinheiro, fui o 1º lugar de uma operação com mais de 400 operadores. Experimentei o gostinho doce da vitória e o amargo da inveja. Ganhei mais dinheiro e o gastei numa velocidade imensa. É, sou consumista e não faço a menor cerimônia para satisfazer um desejo meu, afinal eu trabalho e sei o quanto custa cada objeto que compro. Hoje eu entendo o que minha mãe me dizia quando eu era criança: "Um dia você vai aprender a dar valor a dinheiro". Coisas que antes eu achava super barato, hoje acho super caro (risos). Hoje sei o quanto custa de fato uma passagem a mais, o quanto vale a despesa com uma câmera digital que foi roubada, e tantas outras coisas que, no tempo que tá lá naquela caixinha de sapatos eu não fazia nem idéia. 

É, o tempo passou e tá ali dentro de uma caixa de sapatos. Hoje tô aqui, quabrando a cabeça em meio a um Plano de Negócios, Plano de Marketing, amanhã não sei. Apenas tenho a certeza que isso aqui, o que vivi vai parar talvez numa caixa de sapatos!