sábado, 1 de janeiro de 2011

Monólogo de um apaixonado

É, amei!
Amei com todas as forças e de todas as formas que se pode
O amor bagunçou meus pensamentos, vedou meus olhos, calou meu riso
Ele me fez percorrer por caminhos e estradas que nunca passei
Me deu fôlego, me deu força e me fez sentir o melhor dos mortais
Me fez sentir o maior de todos os mortais, me fez sentir imortal
Me deu um beijo e foi embora...
E não voltou
E eu, fiquei aqui, perdido nos meus pensamentos
Perdido no meio no meio das poucas cartas que recebi e das milhares que escrevi
Procurando meu reflexo nos espelhos quando na realidade eu havia perdido no brilho dos teus olhos
É você se foi, tenho que aceitar
Você partiu e me desestruturou por completo, tão amorfo como um corpo sem esqueleto
Tão seco, tão amargo, tão vazio, tão apático
Mas ainda assim sobrevivi mesmo em meio a trapos eu estou aqui
Vivendo num inferno que eu sonhei há anos atrás como sendo um “conto de fadas”, o meu conto, a minha fábula, mas sem um final feliz.
Porque você roubou um pedaço de mim e levou consigo
Me deixou sozinho, no frio da solidão, na busca incessante por teus beijos e tentando quem sabe um dia te encontrar numa mesma esquina
Como aquela em que você se despediu e eu vi você partir e ir sumindo no horizonte, como um barco que se perde na imensidão do mar
Como um barco que atracou e deixou no porto o meu coração, e levou meus sonhos me deixando aqui, sozinho sentindo a sua falta
Te esperando...
Te esperando...
Apenas te esperando!

Escrito em  23/11/2009 as 00:36 hs.

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